DOM VICTOR SALVATORE

Titulo do capítulo: Capítulo 1- Aurora

Autor: Amanda Saquete

Aviso: Este livro contém cenas de sexo explícito, tortura, palavras de baixo calão. 


DOM VICTOR SALVATORE - VOLUME 1

          

 AURORA 


Meu nome é Aurora, tenho 18 anos e estou prestes a completar 19. Nunca namorei, pois meu pai é muito rígido com essas coisas, tem muito ciúmes de mim talvez por eu ser a única filha mulher. Em minha casa moramos eu, meu pai, minha mãe e dois irmãos menores. Meu pai é soldado da máfia, serve ao Dom Victor Salvatore.  Eu nunca o vi, nem sei como ele é . Meu pai nuca me permitiu ir a nenhum evento da máfia, diz que não é lugar para mulheres. 

Ele só leva meus irmãos, porque diz que eles precisam ir aprendendo para no futuro se tornarem soldados. Existem algumas regras na máfia, uma delas é que as crianças não vão a escola. Existem professores da máfia designados a ensinar as crianças. Dom Victor Salvatore, mandou que construíssem  um galpão, onde são ministradas as aulas. Inclusive lá as crianças aprendem desde muito cedo a manusear armas, aprendem também sobre guerra, como ser um soldado de elite. Aprendem principalmente a temer, servir e obedecer a máfia e principalmente ao seu Dom. Eu nunca pude ir ás aulas, como sou a filha mais velha, sempre tive que ajudar minha mãe nas tarefas da casa e na confecção dos uniformes para os soldados da máfia. Essa é a tarefa que lhe foi designada. Além disso, meu pai não me deixa sair muito de casa. Por essa razão, ninguém me conhece, exceto dona Giuseppina, comadre de minha mãe. Eu aprendi a ler e a escrever com os livros que a senhora me deu. 

Eu nunca concordei e nem acho certo tudo isso, mas fui obrigada a aceitar. Pois ninguém em sã consciência, desobedece, discorda ou desafia o Dom.

O dia está amanhecendo, minha mãe me acorda e pede que eu vá até a casa da senhora Giuseppina para pedir umas ervas para fazer um chá, elas servem para curar as doenças. A senhora Giuseppina mora a duas  casas depois da minha e é muito amiga de nossa família, inclusive é madrinha do meu irmão caçula de 3 anos.

Então saio depressa e vou até a casa dela...quando estou na porta da casa , vejo vários carros chegando e parando em frente a minha casa.

Homens armados entram em minha casa...tiros são disparados, o barulho é ensurdecedor...em questão de segundos não vejo mais nada. A senhora me puxa para dentro de sua casa e fecha a porta.

Começo a chorar, pois sei que algo de muito ruim aconteceu a minha família...ela me abraça forte. Tento sair, mas ela não me deixa. 

— Não minha filha, você não pode sair.

— Eu preciso...minha família...—  digo aos prantos. 

De repente tudo fica quieto, os tiros cessam e os carros saem cantando pneus. 

Me desespero e saio correndo porta a fora, a senhora corre atrás de mim. 

Entrando em casa, a cena que vejo não desejo ao meu pior inimigo se eu tivesse um. Estão todos mortos!

Subo as escadas correndo e vou ao quarto dos meus pais, minha mãe está abraçada aos meus irmãos. Muitos tiros por seus corpos...ela morreu tentando protege-los.

Desço as escadas e vejo meu pai caído na porta dos fundos que dá para a cozinha.

Seu corpo tem muitos buracos de balas e sua cabeça foi decaptada. Perdendo minhas forças, caio de joelhos no chão.

A senhora Giuseppina me abraça  me consolando e tentando me tirar daqui. 

— Vamos minha filha, precisamos sair daqui!

— Não! Eu não quero deixa-los!

— Meu amor, eles já estão mortos! Vamos embora, eles voltarão para limpar...

Ela sabe que quando a máfia extermina alguém, uma equipe designada para isso vem e limpa o local, recolhendo os corpos e se livrando das evidências. Eu também sei disso, mas não estou pensando direito. 

Ao longe ouvimos carros se aproximando e então ela me tira daqui rapidamente. 

Em sua casa ela me leva para seu quarto e me deito chorando muito enquanto ela vai para a cozinha e volta com uma xícara de chá e um comprimido. 

—Tome meu amor, irá te acalmar...

—Obrigada. — agradeço pegando a xícara e o comprimido . 

Uns minutos depois, meus olhos ficam pesados e minha visão embaçada, apago.

Quando acordo, já anoiteceu ...dormi o  dia todo.

Me pergunto o que será que ela me deu...pois me derrubou!

Ao lado da cama há um pedaço de papel dobrado...


"Minha querida tive que ir trabalhar, volto só no outro dia...tem comida na geladeira e roupas limpas no armário, por favor não saia de casa, não é seguro. Fique bem!"


Suspiro e me vem aquela cena terrível à cabeça e choro novamente. Decido tomar um banho, sentada no chão a água quentinha cai em meu corpo, choro incessantemente. 

Depois me deito novamente, não tenho ânimo para nada. Me sinto enjoada e não tenho fome.

No dia seguinte acordo com a senhora afagando meus cabelos.

— Bom dia minha querida, conseguiu dormir?

Bom dia senhora, consegui sim...o comprimido que me deu era poderoso, o que era?

— É um calmante bem forte, geralmente não uso  esse medicamento, prefiro os naturais...mas você estava precisando.

— Obrigada por tudo...sei que a senhora trabalha na mansão dos Salvatore...ouviu algo sobre o que fizeram a minha família?


"Ouvi sim, mas é melhor que ela não saiba, pelo menos por enquanto " — (pensamento de Giuseppina).


— Não, não ouvi nada...

— Mas com certeza foi a mando do Dom Salvatore! — digo a ela.

— Minha filha, nunca mais diga isso, ou vai acabar como sua família! — ela diz alterando a voz.

— Não me importo, agora não tenho mais ninguém...não me resta mais nada! A morte seria bom!

– Não diga isso minha querida, você não está sozinha, tem a mim...sua mãe era como minha filha e você e seus irmãos, como netos que nunca tive! Cuidarei de você...só não deixe ninguém saber quem você é, temo por sua vida!

— Agradeço muito por me ajudar, mas a senhora acha que corro riscos se voltar para minha casa?

Ela me olha assustada e diz :

— Sim minha filha, eles podem descobrir que você está viva...é melhor ficar aqui!

— Eles? Eles quem? — a questiono.

Sei que ela sabe de algo, afinal ela trabalha na mansão. 

Mas por algum motivo, não quer me contar...talvez por medo que eu faça uma besteira. Dona Giuseppina sempre foi muito boa com minha família, talvez por sempre ser sozinha e não ter família, sempre considerou  muito minha família.

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