Era Para Ser Você

Titulo do capítulo: Capítulo 2

Autor: Paula Monteiro

Victor Soutto, é formado em publicidade, gosta de praticar atividades físicas, inclusive musculação, tem olhos e cabelos castanhos.

Na faculdade em que estudei, eu conheci o Allan Andrade que se tornou um grande amigo e também companheiro de baladas, juntos tivemos a ideia de formarmos A&S Story, uma companhia de publicidade, e resolvemos começar a primeira, a matriz, na cidade onde o Allan morava.

Allan sempre quis ficar perto da família e tinha muita saudade de ficar junto a família dele.

E eu? Quero fugir da minha! Ironia, né?

Minha mãe era uma mulher difícil e controladora e agora cismou que tenho que casar com sua enteada. Depois que minha mãe ficou viúva pela segunda vez, tem me pressionado a casar com a Hellen Petrov, filha do seu segundo marido.

Para fugir deste casamento, quando o Allan resolveu voltar para casa, decidi que vou junto com ele e assim abriremos nossa empresa.

Allan sempre ia visitar os pais durante as férias e admirava esta união que ele tinha com sua família e um dia queria formar uma família assim.

— Victor, as malas estão prontas para irmos embora para nova fase das nossas vidas. — Fala o Allan, entrando no meu quarto.

Nós dividimos o apartamento desde que iniciamos a faculdade.

— Tudo certo, cara. Estou ansioso para começarmos a trabalhar e construir a empresa, que é o nosso sonho, meu amigo.

— Confesso que estou ansioso por isso também, e ainda mais, porque depois de 4 anos morando longe, vou morar perto dos meus pais e da minha pequena! Vai ser demais!

— Cara, você tem uma filha? Por que nunca me falou dela? — Olhei desconfiado.

— Que filha, que nada! Falo da minha irmã, viado. E olha, nada de ficar de gracinha para o lado dela, viu? Eu lhe conheço muito bem e se ficar ou brincar com a minha irmã, esqueço que sou seu amigo.

— Ei, de boa! — Tento acalmá-lo. — Se é sua irmã, para mim se tornou homem.

Nisso o Allan cai na gargalhada.

— Cara, você me fala isso depois que você ver a gata que minha maninha é. Pena que ela está namorando um babaca, que é irmão da melhor amiga dela. Mas chega de falar da minha irmã e vamos para o aeroporto que quero fazer uma surpresa para ela. A mamãe ligou dizendo que hoje é a festa de despedida da turma dela do colegial. Vamos aproveitar e juntar o útil ao agradável: vou ver minha maninha e aproveitar de pegar umas gatas.

— Olha, cara, você é um puto mesmo, nem parece que está com saudades da irmã. Mas me fala, esta amiga dela também é gata?

— Muito gata! Aqueles olhos verdes e uma boca carnuda, aqueles seios fartos na medida certa. — Fechou os olhos e voltou ao passado.

***

Allan

Um ano atrás...

Estou em casa sozinho, pois os seus pais e Alicia saíram para fazem compras, neste instante a Louise chegou à procura da Alicia. Elas sempre foram muito unidas. Tinha acabado de sair do banho e estava apenas de toalha em volta da cintura, quando de repente, me deparo com Louise no meio do corredor que dava acesso aos quartos. Parou onde estava e os nossos olhos se conectaram naquele momento.

Avancei os meus passos na sua direção e a prendi na parede, não pensei muito… neste momento apenas queria beijá-la e surpreendi-me quando ela correspondeu na mesma intensidade.

Ela pulou no meu colo e caminhamos para quarto intensificando os beijos, os passando por todo o seu corpo e ela me encaminhava para seus pontos de prazer, soltando seus gemidos que eram como música para meus ouvidos, e naquele momento a fiz minha pela primeira vez.

Acordei do meu delírio com o Victor falando:

Victor

— Não me diga que ficaste com ela! Então ela é a mulher por quem você é apaixonado, e é por isso que você não namora?

— Confesso que sim, meu amigo, a primeira vez dela foi comigo. Me arrependo muito, pois a menina só tinha 17 anos na época. Esse é um dos motivos que me afastei, não aguentaria vê-la sem poder tocar nela. Depois do que aconteceu com a Lu, me coloquei no lugar da família dela, e se fosse com a minha irmã?

— Se bem que já pode ter acontecido, né? Ela namora o irmão dessa amiga, não é? Se eu entendi bem.

— Não fala isso nem de brincadeira! — Ele fica bravo. — O Patrick não é homem para minha irmã!

— Então quer dizer que as duas garotas mais gatas da cidade são proibidas para mim.

Allan confirma com a cabeça e descemos em direção ao táxi, que tinha chegado para nos levar ao aeroporto.

Ao embarcarmos no avião, o Allan fala que conseguiu alugar um apartamento já mobiliado, e que nós dividiríamos novamente as despesas. Estamos iniciando nossa carreira e precisamos economizar.

Depois de 4 horas de viagem chegamos ao nosso destino. O Allan vira-se para mim e fala, enquanto pega a sua mala.

— Victor, vou direto para a casa dos meus pais, vou fazer uma surpresa para eles e para a pequena.

— Certo, cara, vai lá. Sei que além da pequena, tem outra pessoa que você quer ver, né? — fala rindo da minha cara.

Ele sorri.

— Vai para o apartamento, viado, que logo te encontro no clube da cidade onde tem a festa de despedida da turma da minha irmã, lá te apresento ela.

Seguimos caminhos diferentes.

Chego no apartamento, sei que já está todo mobiliado, mas nem paro para observar nada. Deixo as minhas malas no quarto e vou ao banheiro tomar um banho para relaxar.

Banho tomado me visto e sigo em direção ao clube.

Chegando no clube dirijo-me ao bar e peço uma dose de tequila. Nem tomo o primeiro gole e alguém esbarra em mim, entornando toda a bebida do copo em meu corpo.

— Não ver por onde anda, garota? — Estava irritado.

Já estava me preparando para xingar, quando me deparo com um rosto angelical, com sua pele branca, cabelos acobreados e tinha um olhar meigo mesmo parecendo atordoada.

De imediato esqueço o que aconteceu, dizendo que por ela ter derramado toda minha bebida tinha que me pagar com uma dança, ela nega me falando que não seria boa companhia para mim naquele momento, insisto até que ela aceita sair do clube, fomos até um parque que ficava próximo, porém o que não saía de minha mente era o que teria acontecido com aquele anjo para ela sair tão atordoada assim.

Foi quando quebrei o silêncio e perguntei:

— O que aconteceu para você sair atropelando todos à sua frente? Se não quiser falar tudo bem, mas estou aqui para te escutar. Um lado meu é psicólogo, sabia?

— Se não for te magoar, prefiro não falar disso agora.

Deixei essa passar, porém desconfio que algo muito grave deve ter acontecido para ela estar tão abalada assim. Neste momento o celular dela começou a tocar, quebrado o silêncio mais uma vez. Sua bolsa caiu e, nessa altura ao mesmo tempo, nos baixamos para pegar.

Então palavras não foram mais ditas, meus olhos se conectaram aos dela e foi aí que me perdi… fui tomando-a para mim em um beijo tão apaixonado e sedento. Pedi permissão com a língua e ela deu a abertura que eu precisava. Nossas línguas se entrelaçaram em uma dança sensual na qual eu não queria sair mais. Queria conhecer mais daquele anjo, ou melhor, quero esse anjo para mim.

Não tinha mais domínio sobre as minhas ações, perguntei se ela queria ir a um lugar mais reservado, ela apenas confirmou com um aceno de cabeça, a peguei pela mão e levei em direção ao carro.

O percurso até meu apartamento era rápido, em poucos minutos já estávamos à porta do apartamento com nossas bocas conectadas em um beijo sensual. Fui tirando rapidamente minha camisa e a peguei no colo, levando-a para o meu quarto e a pus no chão, e fui me aproximando dela com delicadeza, tirei seu vestido e fui me apoderando de seu corpo, dos seus seios que tinham o tamanho perfeito para se encaixar nas minhas mãos e na minha boca.

Palavras foram ditas de uma forma desconexas, e a única coisa que saiu foi:

— Você é linda meu anjo. — Falei ofegante.

Ela só fazia gemer, e era como música para meus ouvidos, cada vez que ela gemia e falava coisas desconexas e sem sentido, eu explorava seu corpo descobrindo os seus pontos de prazer.

— Relaxa, meu anjo, nossa noite vai ser perfeita. — Falei quando vi que ela ficou tensa.

Nossa noite foi realmente perfeita, entre beijos e gemidos, nos entregamos ao prazer, e aos poucos o meu membro foi entrando nela e, nossa! Como ela é apertada... Tenho até dificuldade para entrar, até parece que ela é virgem, de tão apertada que é.

Expulso esses pensamentos, eu acredito que se ela fosse, teria me parado e conversado comigo, não teria?

Bom, deixei passar, e me entreguei àquele momento, proporcionando para aquele anjo a melhor noite de sua vida. Depois de nos entregarmos ao prazer, dormimos cansados e satisfeitos.

Acordo atordoado e procurando o meu anjo, gostaria de conversar sobre o que aconteceu, porque ela não me interrompeu quando percebeu o que aconteceria?

Porém, aparentemente ela foi embora.

Levanto da cama e a procuro em todos os cômodos do apartamento, mas a única coisa que encontrei foi a confirmação de todas minhas dúvidas: a prova da sua virgindade estava impregnada nos lençóis da minha cama, onde a fiz minha… que fui o seu primeiro. Fico um tanto incomodado e perturbado… não devia ter me aproveitado da situação e da fragilidade daquele anjo ruivo, mas mesmo assim, sorrio com a lembrança, minha linda ruivinha em meus braços.

Ligo para única pessoa que pode me ajudara encontrar meu anjo. Ele atende no primeiro toque.

— Fala, irmão! Cadê você ontem à noite, cara? Se perdeu foi?

— Cara, nem te conto! Conheci uma mina e levei ela para o apartamento, ficamos e descobri que a garota era virgem, um anjo puro! Acordei hoje pela manhã sozinho e confuso… precisava conversar com alguém ou iria enlouquecer.

— Como isso aconteceu? Sabe o nome dela? É um puto mesmo! Primeira noite aqui e já apronta uma dessas? Cara, tu tá muito ferrado. Ei, daqui a pouco passo aí para conversarmos, vou curtir minha maninha que só tem mais um dia aqui, vai viajar amanhã para faculdade.

Fico aguardando o Allan chegar. Tomo meu café da manhã e minha irmã me liga falando que a mamãe quer falar comigo. Tento ao máximo adiar esta conversa. Não vou casar com a Hellen só para agradar minha família. Ainda mais agora que tenho responsabilidade com esta garota, só preciso descobrir quem é ela.

Assim que o Allan chega, a mamãe me liga novamente. Tenho evitado suas ligações porque ela quer que me case com a Hellen Petrov, filha do seu falecido marido.

— Filho ingrato! Até quando vai me evitar?

— Mamãe, para de drama. Só não quero falar sobre a Hellen. E também penso que vou ficar aqui junto com o Allan, além da empresa tenho outra responsabilidade aqui.

— Victor Soutto, não me diga que você é gay! — Irritada, minha mãe acusa.

— Não, mamãe, não sou gay! — Nesta hora o puto do Allan chegou e já começou a rir sem parar.

O Allan olha para mim, chocado pelo que escutou.

— Cara, a dona Estella surtou de vez.

— Nem sei o que te dizer, brother, mas e aí? Você acha mesmo que a garota era mesmo virgem? Me conta mais desta história.

— Nem sei o que te dizer, cheguei ao clube e assim que pedi a minha bebida ela esbarrou em mim, estava triste… algo que ela viu e a abalou muito.

— E você, o bom samaritano, trouxe ela para cá e mandou a ver. Olha, irmão, vou te falar… eu ia te apresentar a minha irmã, mas desse jeito, quero manter distância entre vocês.— Fala debochando de mim.

— Nem que sua irmã fosse a garota mais linda da cidade, não chegaria aos pés do meu anjo.

— Se apaixonou mesmo, não foi? Me conta mais, entretanto, vamos na praça. Minha irmã ficou de encontrar a Lu lá, então vamos fazer um encontro casual. — Fala todo bobo.

— Fala de mim, mas tá aí todo apaixonado pela Louise.

Fomos caminhando até a tal praça, mas nem sinal das meninas, aproveitei e contei para o Allan como tudo aconteceu ontem à noite e ele me falou que ficou com a Louise também, que só chegou hoje pela manhã em casa e foi falar com a Alícia, sua irmã, e descobriu que ela terminou com o Patrick.

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