
Amor Interrompido
Titulo do capítulo: Placar Mental
Autor: Mary Jully
*Jorge Muniz*
Chego 06h da manhã de mais uma noite de festa, estou de calça jeans preta, blusa polo preta e jaqueta de couro preta, e calçado com um coturno preto. Total Black: assim que gosto, coloco minha moto na garagem e vou para dentro da minha casa tenho uma BMW K 1600 Bagger minha mais nova bebê, ainda na porta coloco meu óculos escuro pra evitar que meus pais vejam meus olhos vermelhos sinal do tanto de bebida que ingerir na noite passada, entro e vou em direção a escada na tentativa de evitar contato com meus pais e evitar sermões, chego na escada e vejo meus pais junto com Júnior tomando café da manhã.
— Chegando de novo a essa hora, filho? — Meu pai pergunta me olhando por cima do ombro. Pelo o jeito não vou escapar do debate... Saco!
Viro com um sorriso largo para eles, tentando fugir quanto antes.
— Já vi tudo: tomou todas. — Meu pai diz debochado. E eu faço a mesma cara que ele.
— Amor... Não!
E lá vamos nós para mais um momento de impasse, onde minha mãe defende e meu pai acusa. Fico no topo da escada observando a situação com semblante de tédio, enquanto Junior me olha com um semblante de diversão...
Antes de responder alguma coisa minha mãe diz.
— Amor, deixa o menino. Ele está de férias e quando ele voltar não terá tanto tempo para curtir momentos como esse, muito menos ficar com os amigos.
"Boa, mãe! Ponto pra você! Como ficarei um tempo aqui, vou fazer um placar pra eles..."
— Amor, eu deixo. Porém ele tem que começar ter mais responsabilidades, e você acaba passando a mão na cabeça dele, por isso, ele faz o que quer...
"Eita! Ponto para meu pai... Me defende, mãe..." — Faço cara de deboche e respondo
— Pai, eu sou responsável em alguns momentos. — Antes de ele responder, minha mãe diz.
— Amor, ele é sua cópia, em todos os quesitos... Então você devia seguir o que diz pra ele.
"Dez pontos pra minha mãe! Ele não pode falar porque era i..." — Não termino meu pensamento com meu pai dizendo.
— Não é bem assim, Bela! Tudo bem que você me conheceu em um momento difícil e fazendo várias coisas irresponsáveis, mas mudei.
"Eita! Dez pra ele: coragem em admitir o erro... Vai, mãe, tua vez..." — Faço cara de deboche para o Junior, que me olha segurando a risada.
— Sim, amor, eu sei e te amo muito por se esforçar e melhorar por mim e nossa família... Olha tudo que construímos juntos! Vocês são tudo pra mim, e tudo isso foi porque o tempo te deu maturidade e responsabilidade. Mas, amor, você levou muito tempo para se tornar quem é hoje. Então pare e deixe o menino se divertir.
— Eitaaaaaaa... Mais dez pontos pra você, mãe! Ganhou de lavada do pai! — Falo empolgado e os três me olham. Minha mãe parecia confusa, meu pai com um certo deboche e raiva, o Junior cai na risada que segurava há tempos, e só piora com minha mãe falando.
— Ganhei de lavada do seu pai? Que legal! Mas o que foi mesmo que ganhei?...
Meu pai me olha com deboche e diz.
— Ganhou no placar mental que ele fazia enquanto estávamos aqui, um acusando, enquanto o outro defendia.
"Ih, deu errado, melhor subir."
— Deu minha hora vou subir. — Falo virando, ignorando o que meu pai diz, porém minha mãe diz.
— Vem tomar café conosco, filho.
— Sem fome mãe... — Dou as costas e subo as escadas, mas ainda ouço.
— Isso só é mais uma prova que ele é você todinho! Sabia até o que ele fazia enquanto discutíamos.
Junior volta a cair na risada e eu dou mais dez pontos pra minha mãe, ela merece.
Placar de hoje vencido com êxito. Quando estou na direção ao meu quarto, ainda no corredor minha irmã, Ana Laura, passa por mim e comenta.
— Dá pra sentir a quilômetros de distância o cheiro de álcool que exala do seu corpo infrator.
Ela diz, mas nada respondo. Entro em meu quarto, tomo banho coloco um short, deito na cama pra dormir. Meu celular dá sinal de mensagem. Pego e visualizo, é meu irmão Júnior.
Mano: "Você não está aqui, mas continua causando o debate..." — Ele coloca uma carinha de risada e mais abaixo ele manda. — "Ah, não esqueça do jantar das boas-vindas da nossa irmã Ana Clara. Será às 19h. Além da nossa família, virá a família dos nossos padrinhos."
Eu: "Beleza!"
Até que estou com saudades da minha irmã Ana Clara, faz 5 meses que ela está na França gravando um filme. Ela seguiu a carreira de atriz. Já Ana Laura é juíza, e vive pegando no meu pé, dizendo que não vai me livrar de um futuro processo. Coloco o celular na cabeceira da cama. A noite foi uma criança, eu estou cansado. Falando nisso, que buceta gostosa foi aquela que comi há poucos instantes? A mina era safada pra caralho, do jeito que gosto! Apesar que sempre pego as mais safadas, mas tem as que se superam e, a de ontem, se superou e muito...
O chato foi ela depois querer o meu contato. Fala sério! Nem curto repetir foda. Apenas a escrota da Camila, que estou com ela já tem uns dois anos. A conheci na escola... é uma patricinha mimada, fútil e muito putona! Curto muito a sentada e o boquete dela... mas é só isso! Nunca ficaria com alguém como ela. Meu negócio com ela é só foda mesmo. Aliás com ela ou qualquer outra. Não quero nada sério com ninguém!
Porra! Lembrei que vou ter que aguentar a cara de mimada da Aurea!
Oh, menina nojentinha que me irrita! muito mimi, aff! Não tenho paciência para menina mimada igual a ela.
O engraçado é que nunca consigo resistir e sempre provoco a sonsa, e ela cai como um patinho. Até que ela fica bonitinha quando está com raiva, fica toda vermelhinha... será que ela fica assim quando ela go... Credo! que merda eu estou pensando daquela sonsa insuportável?
"Só posso estar muito bêbado!"
Tiro meu pensamento da patricinha sonsa mimada e com a mente cheia de tudo um pouco, principalmente de álcool, acabo dormindo que nem percebo.