Assim na Terra Como no Morro

Titulo do capítulo: Página 1

Autor: Taay Carvalho





Na televisão...

Hoje depois de 10 anos, João Vitor da Silva, mais conhecido como Trovão, deixou o complexo penal de Bangu. João é acusado de vários crimes como homicídio, tráfico de drogas e feminicidio. Nós tentamos uma entrevista, mas João se negou a comentar sobre.


Trovão. 

O portão se abriu, olhei pro céu e percebi que o dia estava ensolarado, o ar puro, saudades disso. Peguei um telefone emprestado e chamei um Uber pra ir pra casa.

No caminho, fiquei pensando como seria minha vida daqui pra frente, lembrei do que eu fiz com a Isabela: eu matei a mina com 32 tiros. Ver ela implorando pra não morrer me excitou, mas mesmo assim, atirei, ela sabia que era ficar comigo, ou ir morar com Deus, a segunda opção foi a dela.

Senhor? Chegamos! Disse o motorista.

 Desci do carro, vi minha casa completamente diferente, fiquei uns minutos admirando até ver minha mãe saindo correndo para me abraçar.

  Meu filho!! Eu te vi na televisão, não acredito que você está aqui, vamos entrar. Disse ela eufórica.

 Estou brocado de fome, sinto saudades da sua comida.

Vou fazer aquele  macarrão que você adora, vai tomar um banho, tirar esse cheiro de inferno. — Me empurrou em direção ao banheiro.

 A minha mãe sempre vai me tratar como um bebê, mesmo eu me mostrando um monstro, nunca me abandonou. Entrei no meu quarto, estava praticamente tudo igual ao dia da morte da Isabela, ela não morreu aqui, mas as lembranças fazem parecer que tudo aconteceu aqui, a pior parte, foi saber depois pela mãe dela que ela estava grávida.

  Filho?? Meu filho?? Falou me chamando atenção.

Oi mãe, que foi? Olhei em direção á ela.

O que faz parado aí? Arqueou as sobrancelhas.

Lembrei da Isabela, como será que meu filho estaria hoje? A indaguei.

Você nem sabia se era seu ou não filho, lembra que a Isabela só tinha cara de Santa, ela não era. Falou em tom de deboche.

Minha mãe me fez acordar desse personagem bonzinho e me fez lembrar tudo que eu soube antes de matar a Isabela, ela estava saindo com um "amigo" meu, e realmente, não daria pra saber se o filho era meu ou não.

Matei a saudade da comida da minha mãe, e já fui voltar pro meu morro, quando eu cheguei, o dia estava lindo, agora que sai pra fora deu uma trovoada, foi uma homenagem dos céus pra mim, o trovão voltou. Peguei minha 9mm e coloquei na cintura, subi na minha moto e já fui para o meu morro. Chegando lá fui bem recebido, estava lotado de parceiro meu,  também lotado de "presença VIP" no português claro, puta.

Eai mano, quanto tempo parceiro, eu sabia que um dia ia te encontrar. Disse sorrindo. É longa, mas não é perpétua. Saudades de vocês, quebrada tá linda “memo”, mudou nada, está do jeito que eu deixei. Falei comemorando.

Estamos felizes de você tá aqui, chefe da família reunido de novo, pra atacar quem é do contra. Brincou. —  Goste ou não de mim, vai ter que me engolir” né” isso? Completei.

 Certo pelo certo. Assentiu.

Fiquei de papo com os caras, botando tudo em dia, dez anos não são dez noites, fácil pra ninguém.

 Quem não ficou nada feliz de saber que você tá livre foi a mãe dela, fez protesto e tudo, falou que a justiça é falha e o caralho todo. Relembrou.

 A filha dela foi uma santa né? Hipócrita pra caralho, criou filha piranha e o errado da história sou eu, se ela fosse tão boa não estava essas horas no inferno.

Meu rosto esquentou na hora, eu odeio ser tirado como errado na vida, a mina me traiu com um homem que considerava pra caralho e ela esperava o quê? Flores? Essas horas os dois tão se comendo no inferno.

Puxei um baseado e acendi, meu olho estava vermelho de cansaço, ódio, agora eu posso dar desculpa que é a maconha.

Estou tranquilo, na paz, quando uma das presenças veio rebolar na minha frente, já puxei para o meu lado, sou besta não, ela sorriu e começou a roçar no meu pau, maluco, quer me ver fodido de tesão é fazer isso comigo.

Não deu outra, puxei ela para o QG e botei pra mamar, sorte que aqui tem camisinha então não ia perder tempo.

Fica de quatro Falei no ouvido dela, levantei o vestido dela, a filha da puta estava sem calcinha, já veio preparada, não aguentei e meti de uma só vez.

Ela deu um grito de dor, tampei a boca dela com a mão e soquei forte, com toda força enquanto ela gritava e gemia pra caralho.

 PARA TA DOENDO,PARA!!

 Cala boca, você quis vir aqui, agora você vai aguentar até eu gozar caralho, só geme que essa sua voz tá me irritando. Falei irritado.

Meti com ódio enquanto ela gritava e chorava, não mandei vir para o meu morro, ela já sabia que ia ser assim, safada pra caralho, quando gozei, ela quase caiu, tive que segurar, estava sem forças.

 Você acabou comigo! Falou ofegante.

 Se arruma aí, mais tarde me dá seu telefone para caso eu quiser te comer de novo.

Ela sorriu, se ajeitou e saiu, fiquei sentado no sofá, peguei uma dose de whisky e acendi mais um baseado, pior foi ela tentando andar depois de me dar, meu pau não é grande, é médio, mas eu consegui machucar a menina. Baseado acaba, bolo mais, copo seca, encho de novo, foi assim até umas 9 da manhã, estava morto, mais foi uma noite do caralho, peguei o telefone da menina e fui pra casa.

Antes de entrar, vi a mãe da Isabela passando e me olhando feio, qual foi dessa mulher? Estou entendendo legal não, já paguei, já fui solto, minha parte com a lei dos homens tá paga, quando eu morrer, resolvo lá em cima ou encontro a filha dela no inferno.

Tomei um banho, deitei e chamei a piranha que comi ontem, a safada já veio mandando foto da buceta para me deixar maluco.

Provoca pra depois tá chorando falando que tá doendo, né? Mandei um áudio.

Provoco para você me comer pra sempre. Falou manhosa.

 A última que se envolveu comigo, tomou 32 tiros e me deixou preso por dez anos, vai querer ser a próxima? Falei largando o celular na cama.

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