
Eclipse: A Sombra do vento Noturno
Titulo do capítulo: Caítulo 3
Autor: Sarah Camargo
꧁•⊹ ٭P E R V E R S I D A D E ٭⊹•꧂
& Possessão
O eclipse trouxe uma catástrofe inigualável por todo o lugar, T∆æ já não estava mais em condições habitáveis. As luas Cäπ∆ņtæ e H¥£πä colidiram, imensos pedaços de rocha vieram em direção ao solo do planeta e com o impacto, diversas espécies foram sendo consumidas pela destruição.
Naves se preparavam para partir, boa parte delas já contendo apenas machos e a nave principal carregava as últimas fêmeas e seus filhotes. Jåą ficou na câmara central da nave, amamentando enquanto tirava um cochilo, Ţ∆eåh foi encarregado para ser o guia até o destino final, suas pesquisas de campo em alguns planetas na galáxia acabou sendo útil e eles irão precisar de um planeta fácil de adaptação, e ele foi capaz de encontrar um planeta habitável com boas condições de poder recuperar a reprodução de toda a raça.
Com as garras, ajustou o curso da nave no painel de controle, e então ficou ali observando o espaço e as estrelas distantes sumirem de seu campo de visão, enquanto a velocidade era alcançada.
Kåπęg também se encontrava ali, seus filhotes dormiam tranquilos ao contrário de π∆w∆k que ainda estava sobre os cuidados de sua mãe. O pequeno macho ainda se encontrava com dificuldades em manter-se nas quatro patas enquanto suas irmãs já brincavam derrubando uma as outras, mordendo os pontos vitais e aprendendo a se defender para quando precisasse.
Ela estava preocupada com o filhote agarrado em seu tronco, ele preferia dormir ali ao invés de estar com suas irmãs. As pequenas pulavam afoitas uma em cima das outras, não se importavam com quem estaria em seu caminho, o perigo pode estar em qualquer parte, mas as filhotes brincavam contentes. A maior delas abaixou armando o bote, Kįwæπ¥ demonstrou ser audaciosa e traiçoeira, esperava suas irmãs demonstrar fraqueza para assim poder atacar, então ela pulou em cima de duas filhotes que estavam emboladas uma nas outras, o golpe gerou um impulso derrubando as demais e assim, Žåwßęπ acabou esbarrando no ninho a sua frente.
Jåą cochilava, mas estava atenta a tudo ao seu redor. Ela sabia da existência de outra fêmea que compartilhava o mesmo compartimento que ela — a fêmea que não comeu o filhote defeituoso.
Os boatos espalharam, e infelizmente, Kåπęg já não era bem vista por todos os T∆åes, cada dia que passava, ela era desprezada, seus filhotes não tinham a proteção que precisavam e qualquer T∆åe poderia os matar se tivesse alguma oportunidade.
Kåπęg precisou cuidar deles sozinha em uma tarefa muito difícil, ter que caçar e manter seus filhotes seguros estava sendo devastadoramente cansativo e quase que impossível, sem seu companheiro ela não conseguiria manter todos os filhotes vivos e assim, de nove Kåπęg foi perdendo seus bebês, um a um sendo mortos ou por machos territorialistas, ou por fêmeas violentas.
Distante dali, em meio as densas matas, um macho alfa carregava uma fêmea em suas costas, ela era bem atraente, estava sozinha e exalava um cheiro forte de feromônios do acasalamento.
Seus dedos tocavam na costela do Sapien, a sensação era gostosa enquanto a fêmea fazia esse carinho involuntariamente enquanto se encontrava inconsciente. Droah conhecia a fêmea em suas costas, uma que foi muito cobiçada tempos atrás por quase todos os machos de seu bando, talvez fosse sorte e ele não iria desperdiçar.
Ziaah sentia os solavancos de seu corpo, mas não conseguia fazer movimento algum, sabia que estava em apuros, porém nada poderia ser feito a não ser aceitar que não há mais escapatória.
Poucos metros depois os passos de Droah cessam, Ziaah ficou apreensiva, porém quieta. Havia mais barulhos vindos na direção deles, ele ficou ali esperando, dos arbustos saiu alguns esquilos disputando por comida e então ele prosseguiu para longe das montanhas, seu destino era mais além da planície de plantações, passar pelo campo onde houve a explosão e seguir mais ao norte.
Ele passou pelo campo assim como planejou, a noite estava em perfeitas condições para ser passado despercebido no meio da natureza, o céu estava mais escuro conforme as horas avançavam e seus passos ainda mais rápidos por entre os galhos e folhagens secas do chão.
Ziaah estava com dificuldades de respirar por conta da sua posição nas costas do homem, ele não teve cuidado algum ao jogar seu corpo sobre os ombros, no processo ela havia batido com a cabeça em uma árvore e desmaiando.
Talvez fosse melhor ter ficado com seu bando, nem tudo o que escolhemos acaba contribuindo para o bem e a felicidade que desejamos, e Ziaah agora sabe muito bem disso.
O macho parou alguns segundos e depois retornou a andar, ela sentiu o braço dele em suas pernas, estava segurando com mais firmeza e depois sentiu o frio no estômago quando ele começou a escalar algumas rochas.
Droah escalou as rochas até o alto da montanha, a entrada da caverna se encontrava quase no pico o que dificultava muito o acesso de outros bandos e até mesmo de animais selvagens, um lugar em perfeitas condições de se criar filhotes.
Ziaah foi deixada dentro da caverna sozinha, o macho estava aguardando do lado de fora, talvez fosse o restante de seu bando chegar. Ela agora acordada e sentindo um imenso desconforto em sua cabeça escorou o corpo na parede fria sentindo um nó em sua garganta, a luz da fogueira iluminava bem pouco o ambiente, ela estava quase se apagando o que motivou Ziaah a tentar manter ela acesa.
Se aproximou para unir as madeiras que apresentavam bastante brasa e então, ela assoprou fazendo com que a caverna se enchesse de fumaça, tossiu sentindo suas narinas queimarem ao respirara aquele denso ar esbranquiçado.
— Arg! — Reclama se afastando, as brasas ainda estavam acesas, mas logo iriam se apagar por completo. Ziaah ficou decepcionada por sua desenvoltura, ela sabia apenas de frutos e folhas, em cortar legumes, mas não conseguia manter se quer o fogo aceso.
Droah escutava a fêmea estando do lado de fora, ele aparentava estar nervoso com a demora dos demais membros, queria exibir sua conquista e quem sabe, conseguir algum tipo de luta em disputa por ela. Aos poucos os machos foi chegando, dois deles carregavam a caça da noite em suas costas, um grande servo recentemente abatido.
— Skanis? — Naan comentou farejando o ar, Tuog também repetiu os gestos.
— Ub Skanis. — Eles deixaram a caça ao lado do líder, abaixaram em respeito.
— Dranix? — Tuog perguntou sobre o terceiro integrante do bando, ele sempre costumava caçar sozinho.
Droah negou, soltou o ar pelas narinas e sentou na rocha da entrada da caverna, os outros machos pegaram a caça e entraram. Ele deveria ficar preocupado com a fêmea sozinha lá dentro, mas estava mesmo aguardando o macho mais violento do bando, esse sim dará um bom trabalho em questão de acasalamento.
Tempos depois o macho robusto aparece carregando um javali sobre as costas, subindo as rochas com muita facilidade e mais abaixo dele, Ikloj que trazia mais lenha para a fogueira.
O quarto macho do bando, ele não era tão forte assim, mas tinha um corpo definido. O mais inteligente dentre eles e sucessivamente o mais carinhoso, estava usando de sua inteligência para conseguir subir na montanha, amarrou a lenha com uma corda feita de cipó e jogou sobre os ombros, começou a escalar tomando o máximo do cuidado enquanto Dranix fazia de tudo para desprender algumas pedras tentando acerta-lo.
— Dranix! — Ikloj estava furioso, um pedrisco caiu em sua cabeça. Droah ficou ali observando tudo, ele também escutava os baixos soluços que vinham do fundo da caverna, provavelmente provindo da fêmea.
— Ugobrank! — Estava impaciente quanto as brincadeiras dos machos lá em baixo, o grito foi de aviso e então ele deixou os dois sozinhos.
Entrando na caverna, encontrou os machos ao redor da fêmea, ela estava deitada sobre a rocha e tremia de frio, Naah estava bem próximo, cheirando entre as pernas da fêmea que se afastou o quanto pôde, ali encontrava uma mancha de sangue sobre suas coxas, Tuog cruzou os braços insatisfeito, Droah se aproximou olhando para os dois, eles se afastaram quase esbarrando em Dranix e Ikloj na entrada.
Ziaah virou as costas evidenciando suas curvas, ela estava totalmente entregue ao sono, cansada por ter corrido pela mata no começo da noite, ela acabou dormindo após ter desabado em lágrimas. Os machos estavam admirando a beleza da fêmea, os cabelos dela eram longos e encaracolados, fios negros que davam um contraste chamativo com o tom mais achocolatado de sua pele, os seios eram médios e pareciam de aspecto pesado e macios ao toque, a cintura larga também lhes pareciam atrativa.
Eles estavam ficando loucos, o líder se aproximou, depois olhou para os demais e ordenou que Ikloj acendesse a fogueira, logo a fêmea ficou calma após o estalos das chamas tomarem conta do ambiente. Todos os machos estavam audaciosos por conta de Ziaah estar sangrando, Dranix se arriscou em uma aproximação, Droah empurrou o macho com força, ambos caindo do lado oposto à fêmea em uma disputa de força ao qual acabou assustando ela. Ziaah abriu os olhos ainda atordoada pelo sono, dois machos brigam em sua frente com golpes violentos, e mais dois deles olhavam para ela, estavam curiosos em um ponto específico de seu corpo o que fazia sentir o seu rosto ficar mais quente.
Ziaah se afastou até encostar suas costas na parede gelada lhe causando arrepios, os barulhos dos corpos se chocando lhe incomodava muito, ela sabia que um deles a teria ali, ou talvez, mais de um deles.
— Unk! — Um deles se comunicou, chegando mais perto dela. Ele queria cheirar seu pescoço e assim o fez, Ziaah fechou os olhos com a aproximação do macho, ele era forte, mas nem tão forte assim, porém com traços delicados no rosto que o fazia ser atraente, os cabelos longos trançados para trás se tornaram charmosos para a sua visão um tanto avaliativa.
O frio das paredes em suas costas arrepiou os pelos de seu corpo, os machos não paravam de se aproximar, eles queriam se acasalar com ela, então um deles puxou o tornozelo de Ziaah que soltou um grito de surpresa. O macho que tinha os cabelos trançados já estava por cima de seu corpo, cheirando o pescoço e lambendo o local, Ziaah tremeu com os toques firmes em sua pele, via-se o outro macho revindicar também uma parte dela, ambos acariciando e tocando, conhecendo cada canto de uma forma mais íntima, reconhecendo o odor de cada lugar de uma forma importante, era necessário essa aproximação.
Eles queriam que ela ficasse tranquila, Droah deu um fim na disputa com um golpe firme no rosto de Dronix que cai no chão exausto, os cabelos desgrenhados cobrindo o rosto do macho e o líder se aproxima de Tuog e Ikloj, empurra os dois para o lado e toma a posição no meio das pernas de Ziaah.
Ela se assusta quando as mãos de Droah pega seus tornozelos e gira seu corpo com facilidade, o macho agora tem a visão completa de suas nádegas, ele fica satisfeito ao notar o sangue escorrer pelo meio da pequena fenda respingando lentamente para o chão.
Sem perder tempo ajustou o seu membro que já se encontrava rijo e então roçou delicadamente na entrada da genitália fazendo a fêmea suspirar surpresa com os movimentos, Droah empurrou contra a proteção da vulva escutando o grito de Ziaah e então começou com os movimentos firmes batendo com o quadril em sua pelves. Os demais machos, sem ter o que fazer, apenas ficaram observando a cena, com os sacos doloridos e pesados, se masturbando enquanto olhavam o líder se esvaziar dentro da fêmea.
Após esse grande feito, Ziaah estava exausta e praticamente seria mais fácil de ser dominada pelos demais machos ali, Droah se sentia satisfeito e os machos prontos para também terem um momento com a fêmea, eles aproveitaram da situação. Um a um subiram em Ziaah, bateram firme com as bolas sobre o sexo já dolorido dela até depositarem a última gota de sêmen em seu interior.
Normalmente em um bando, o macho alfa nunca divide sua fêmea com os demais integrantes, eles são territorialistas por natureza, defendem o que é deles por direito, mas dessa vez foi diferente e Ziaah tentava entender tudo isso, ela sentou sentindo o corpo mais dolorido do que ante, sabia que já não poderia correr atrás de seu desejo de ser livre, então apenas se manteve quieta, aguardou o primeiro macho e permitiu que a tocasse, mesmo temerosa deixou que eles reivindicassem o seu corpo sem saber que os desejos já a consumiam instintivamente.
Mas ela não esperava sentir coisas novas, o aperto no ventre, o desejo insaciável, ela não estava pronta para o improvável, mas ali pôde sentir tudo como se fosse uma grande explosão em seu corpo.
Horas mais tarde o sol estava surgindo, a relva molhada indicava que a noite foi de temperatura baixa, animais rastejantes como crocodilos por exemplo, procuravam por presas fáceis perto da planície, javalis andavam por entre algumas árvores caídas, a alimentação já estava garantida com insetos e larvas. Ziaah se encontrava em meio a braços e pernas, Droah segurava sua cintura, os outros machos disputavam por uma posição com ela na hora de dormir, todos nus.
Alguns quilômetros dali, Bhaah se preparava para sair da caverna junto de seu bando. Ali já não era mais seguro, boa parte das árvores em volta do covil havia caído de uma maneira estranha, Gouaha relatou isso aos demais do bando quando saiu para investigar ao redor da montanha.
Boa parte das árvores caíram, alguns animais de grande porte apareceram devorados, isso era sinal de um novo predador na região, muito perigoso para manter o Bando por perto, principalmente quando as fêmeas carregam seus filhotes, eles devem partir e é o que fazem.